Incentivos aquecem demanda por materiais de construção

Vivian Pereira

SÃO PAULO (Reuters) - As vendas de materiais de construção no país cresceram 25,87 por cento em março na comparação com o mesmo período no ano passado, informou nesta terça-feira a associação do setor, Abramat.

Em relação a fevereiro, o varejo de materiais teve alta de 22,67 por cento. Já nos três primeiros meses do ano, o setor acumula alta de 19,9 por cento ante o primeiro trimestre de 2009, enquanto nos últimos 12 meses as perdas foram de 4,89 por cento.

Para os próximos meses, a entidade prevê a continuidade da retomada da indústria de materiais, apoiada na ampliação dos incentivos ao setor, entre elas, a segunda etapa do programa "Minha Casa, Minha Vida", o Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2) e a prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido até 31 de dezembro de 2010.

"Mantemos a estimativa de fechar 2010 com um crescimento em torno de 15 por cento", afirmou o presidente da Abramat, Melvyn Fox, em nota.

A entidade informou também que, em março, as vendas de materiais básicos superaram as de materiais de acabamento na relação anual. Enquanto os fabricantes de itens de base tiveram resultado 24,53 por cento maior, na indústria de acabamento as vendas subiram 27,42 por cento.

No mês passado, o número de trabalhadores contratados pela indústria de materiais aumentou em 9,07 por cento se comparado ao mesmo mês do ano anterior.

"Um dos grandes desafios do setor será atender a demanda por mão-de-obra gerada, em parte, pelo início das obras efetivas do programa 'Minha Casa, Minha Vida'", segundo Fox.

"Além disso, a extensão do IPI reduzido anunciada na última semana vai beneficiar ainda mais o pequeno consumidor. As reformas e ampliações autogeridas são responsáveis pelo escoamento de grande parte da produção nacional de materiais de construção e serão uma das principais razões da manutenção da demanda aquecida", acrescentou.

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