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Campanha Por Mais Tempo propõe debate sobre o câncer de mama metastático

O que você faria com mais tempo de vida? Ilná Pitta, médica de 54 anos, sonha em andar de bicicleta por sua cidade, Fortaleza. Eny Rodrigues, 58 anos, ainda quer ver os netos nascendo. Em comum, as duas convivem com o câncer de mama metastático.

Embora a sociedade brasileira como um todo saiba o que é o câncer de mama, pouco se fala sobre os estágios avançados da doença. Como resultado, metade da população não conhece a fase da metástase, segundo pesquisa do Datafolha. Pior: cerca de 68% acha que a mulher com essa doença tem pouca possibilidade de viver e sobrevive com má qualidade de vida. Isso não é verdade. Para informar os brasileiros sobre esses e outros mitos sobre o câncer de mama metastático, a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), o Instituto Oncoguia e o Laboratório Roche lançaram dia 17 de junho em São Paulo a campanha Por Mais Tempo. Em uma iniciativa inédita e colaborativa entre médicos, ONGs e indústria, a campanha propõe um novo olhar sobre o tumor em estágio avançado, para que seja ampliado o debate e toda a sociedade seja mobilizada para ajudar as mulheres com câncer de mama metastático a viver mais.

“Essa campanha tem várias fases, a primeira e maior delas é a conscientização da sociedade em geral para que entendam um pouco mais essa doença, mais da metade da população não sabe o que é isso. Parece que as pessoas têm medo de falar dessa doença, pensam que quando chega a esse estágio, ela já saiu do controle. Mas a realidade pode ser outra”, afirmou a médica Maira Caleffi, presidente da Femama e uma das idealizadoras do movimento.

Na quarta-feira (17), médicos, pacientes, ONGs, jornalistas e indústrias se reuniram no auditório do Museu de Arte de São Paulo (MASP) para o lançamento da campanha, com palestras dos realizadores da iniciativa, apresentação da pesquisa do Datafolha, mesa redonda com médicos especialistas e um minidocumentário sobre a vida das pacientes. “Estamos aqui juntos, Femama, Oncoguia e muitas outras do Brasil inteiro, indústria, médicos, na busca de mudanças que possam realmente ajudar essas mulheres. Estamos comprometidos para fazermos o que pudermos para tornar isso possível. As pacientes hoje aqui presentes podem atestar o fato de que o câncer de mama metastático pode sim ser controlado. Por mais vida com qualidade”, disse Luciana Holtz, presidente do Oncoguia e outra idealizadora do movimento.

Os médicos Rafael Kaliks, oncologista do Hospital Albert Einstein e diretor científico do Oncoguia; Daniela Rosa, oncologista do Hospital Moinhos de Vento; e Max Mano, professor de oncologia da Universidade de São Paulo (USP), oncologista do Hospital Sírio-Libanês e chefe do grupo de câncer de mama do ICESP (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) debateram a realidade do tratamento da doença no sistema público de saúde. Kaliks disse que a pesquisa do Datafolha mostra como o brasileiro tem medo do câncer - 60% acreditam que é a doença que mais mata no país, ainda que, na realidade, são as do coração - mas também como médicos, imprensa e ONGs não estão conseguindo mudar a opinião da população sobre as possibilidades de tratamento. Rosa comparou o caso de duas pacientes que atendeu, uma pelo SUS e outra por convênio particular, para falar sobre a diferença de oportunidades. Segundo Max Mano, o maior problema nos hospitais públicos é o acesso aos medicamentos. Para resolver esse problema, todos podem colaborar assinando uma petição para exigir terapias acessíveis a todas as brasileiras.

No final do evento, as participantes foram convidadas a escrever seus nomes em um mural instalado no vão do MASP, uma espécie de assinatura simbólica da petição, enquanto uma orquestra de mulheres tocaram sinfonias. Em meio a um flashmob de dançarinas, que acompanhavam o ritmo com os movimentos do corpo, foi mostrada uma ampulheta invertida, em referência ao nome da campanha: Por Mais Tempo.

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Este material é um conteúdo publicitário de Femama, Oncoguia e Roche, e não faz parte do conteúdo jornalístico do UOL.

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