Como usar arandelas, aquelas luminárias que são instaladas nas paredes?
Luminárias do tipo arandela são aquelas que ficam presas à parede. Além de muito funcionais do ponto de vista luminotécnico, podem ser peças que deixam a casa mais bonita. Vejam abaixo a seguir como escolher o modelo certo para cada ambiente, como e onde instalá-las e como obter a melhor performance na iluminação dos espaços.
O modelo certo
Não existe uma única peça correta para um determinado ambiente. Há uma infinidade de modelos no mercado, de diferentes gostos e estilos. Pessoalmente, gosto de ir pelo caminho mais simples. Uma caixinha branca, básica, não oferece riscos a nenhuma decoração. Ou seja, é difícil errar.
Modelos mais rebuscados são bem perigosos. A menos que você tenha um bom profissional cuidando do seu projeto, evite! E se sua casa não for nenhum palácio antigo, evite ainda mais! Achar peças com a proporção correta e que combinem com o mobiliário do espaço é uma tarefa bem difícil.
A escolha do modelo certo está diretamente ligada ao tipo de luz que precisamos em um ambiente. Se estamos falando sobre o lavabo, há alguns modelos que funcionam bem. Se é uma sala de estar ou uma varanda, a história é outra.
Como e onde usar
Adoro a luz de arandelas. Dependendo da peça, oferecem uma luz difusa porém concentrada, sem agredir os olhos e criando um clima gostoso em casa. São bons elementos cenográficos que podem ser usados interna e externamente. Aliás, o melhor lugar para elas são as varandas.
Arandelas devem ser usadas em locais onde a luz não é protagonista. Portanto, não servem em cozinhas, salas de jantar ou escritórios. Locais onde a luz precisa ressaltar aquilo que se vê ou se come. Mas funcionam em ambientes que precisam ser iluminados de forma leve e despretensiosa, como fachadas, corredores, banheiros, varandas e dormitórios.
No caso de fachadas, devem ser usadas em locais de passagem, de forma a conduzir o trajeto. É importante verificar se o modelo escolhido pode tomar chuva e não estraga no tempo. Em banheiros e lavabos, devem ser usadas com moderação. A ideia é apenas iluminar a superfície onde fica a pia e deixar o ambiente agradável.
Para a maioria dos casos, a altura ideal de uma arandela é entre 2,00 e 2,20 m para casas com pé-direito normal (entre 2,50 e 2,70 m). Essa regra também vale para banheiros e lavabos, onde existem espelhos. Em dormitórios, arandelas são usadas como luz de cabeceira e devem ser fixadas a 1,00 ou 1,10 m de altura, sobre criados-mudos.
Para obter a melhor luz
O segredo da boa iluminação está no modelo escolhido. Em lavabos e banheiros, por exemplo, peças com aberturas em cima e embaixo são as mais indicadas porque deixam a luz focada. Em dormitórios, a luz pode ser mais difusa. Para esse objetivo, a peça deve ser de tecido e menos focal, ideal para leitura. O mesmo vale para salas de estar, onde o objetivo é iluminar o maior espaço possível.
Cuidado com pares de arandelas ao lado de aparadores, onde não é necessário iluminar. Além de poder ficar brega, você acaba gastando dinheiro com bobagem, que no final das contas não faz nenhum diferença da iluminação do espaço.
Luz de arandelas, exceto em alguns espaços como o lavabo, é complementar. Isto é, deve fazer parte de um projeto de luminotécnica maior, integrado a outras peças como pendentes, abajures e spots. Como já disse anteriormente, um bom projeto de iluminação é aquele que oferece possibilidades para cada tipo de ocasião. Cada atividade exige um tipo de luz diferente. Não é possível usar uma peça só para estudar, jantar, assistir TV ou dar uma festinha.
Marcel Steiner
Marcel Steiner é designer de interiores e mestre em história e crítica da arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP