Gestação

Por uma casa menos bagunçada

Mamatraca

Mamatraca

  • Paola Saliby

    É libertador saber onde as coisas estão guardadas: contas, roupas, brinquedos e a chave do seu carro

    É libertador saber onde as coisas estão guardadas: contas, roupas, brinquedos e a chave do seu carro

Bagunça geral. Essa poderia ser uma boa definição para o que acontece na vida de uma família depois da chegada de um filho. Bagunça na rotina, bagunça na vida profissional, bagunça nas relações familiares, bagunça no casamento e, último mas não menos importante, bagunça pela casa.

A palavra organização costuma dar calafrios em quem tem filhos pequenos. As pessoas que sempre foram neuróticas com arrumação se descabelam porque não conseguem manter a casa na mesma ordem perfeita que sempre buscaram. Por outro lado, aquelas que nunca ligaram muito para isso começam a sentir que a bagunça está saindo do controle. As contas a pagar, as roupas e as tralhas nos armários, a comida na geladeira, tudo se multiplica com a maternidade, como fungos nadando de braçadas em um ambiente úmido.

Confesso que eu nunca fui das mais alucinadas por arrumação. Sou tranquilamente capaz de deixar uma cama sem arrumar no domingo ou uma louça na pia à noite. Mas nunca senti tanta necessidade de ter a casa em ordem como depois da maternidade. Simplesmente porque, se a gente não se organizar minimamente, a qualidade de vida vira um horror em meio ao caos. É pura questão de sobrevivência.

Acredite, é libertador saber onde as coisas estão guardadas: as contas, as roupas das crianças, os brinquedos, a chave do seu carro. Além disso, se o espaço ficar pequeno para tanta tralha, é hora de começar a, regularmente, se livrar delas.

Gosto muito de uma frase que a publicitária Thais Godinho, autora do blog "Vida Organizada", disse em uma entrevista ao "Mamatraca": "Eu acredito que você deva manter em casa somente o que tem utilidade, o que tem algum valor emocional ou o que te coloque um sorriso no rosto. Todo o resto, na minha opinião, é tralha." Nem sempre consigo colocar essa frase em prática, assumo, porque eu tenho um certo apego emocional a basicamente tudo (tenho roupas de mais de 15 anos, não conta pra ninguém). Mas já estou muito melhor do que era no passado.

Claro que alguns "departamentos" precisam ser reorganizados constantemente em casa, porque logo viram bagunça de novo, como os brinquedos das crianças e o meu escritório. Mas, como deixamos pastas e caixas separadas para tudo, a arrumação se torna bem mais rápida e intuitiva. E é mais fácil, inclusive, para as crianças ajudarem a arrumar tudo depois da brincadeira.

Aprendi a pegar um pedaço da casa por vez, como meta, e deixá-lo em ordem. Passei a fazer isso constantemente de forma física e virtual –organizei, por exemplo, todas as fotos digitais e coloquei em pastas, uma das melhores coisas que fiz nos últimos tempos.  São pequenas mudanças no nosso dia a dia que, de fato, nos dão um pouco mais de qualidade de vida. E não se trata apenas da questão estética, mas também de facilitar a rotina e ganhar tempo. Recomendo.

Roberta Lippi

Roberta Lippi, jornalista, é mãe da Luísa (6 anos) e da Rafaela (3 anos). É uma das blogueiras mais antigas na área de maternidade e está sempre antenada nas discussões sobre educação e comportamento. Vive uma mistura de fases em casa, e rebola para conseguir não deixar cair nenhum pratinho. Sente que se tornou uma mãe muito melhor por causa da internet, lugar onde encontrou a informação de qualidade e a verdade que não achou nos livros e nos consultórios de pediatra. Prefere a linha do "equilíbrio", ou do "meio termo" na maioria das vezes, mas também sabe rodar a baiana quando acha que deve. www.mamatraca.com.br

UOL Cursos Online

Todos os cursos